sexta-feira, 22 de março de 2013

Irã é ameaça cibernética mais perigosa aos EUA que China ou Rússia


Como membros da inteligência, militares e comunidades de segurança nacional avaliam as ameaças cibernéticas emergentes que emanam de nações inimigas, eles devem considerar distinções importantes nas capacidades e padrões de ataque dos adversários - como China e Irã, disseram especialistas em segurança cibernética a um subcomitê da Câmara dos Representantes dos EUA na quarta-feira (20/3).

Testemunhando perante o subcomitê de cibersegurança do Comitê de Segurança Interna, testemunhas estabeleceram uma distinção nítida entre as ameaças de atores relativamente maduros, como China e Rússia (com os quais os Estados Unidos têm laços diplomáticos e econômicos de longa data), e nações como o Irã e Coreia do Norte.

As ciberameaças vindas da China e da Rússia são geralmente motivadas por interesses econômicos, de acordo com as testemunhas, que descrevem um padrão de invasões em serviços de espionagem industrial ou ganho de acesso à propriedade intelectual.

Embora de grande preocupação para as empresas norte-americanas e para o governo, essas atividades são realizadas com uma intenção muito diferente da de ataques patrocinados pelo Estado, que procuram desativar infraestrutura crítica que as testemunhas avisaram que poderiam vir do Irã - seja diretamente ou por meio de um proxy.

"O Irã é um ator cibernético qualitativamente diferente", disse o vice-presidente do Conselho de Política Externa Americana, Ilan Berman. "A China e a Rússia estão ambas focadas principalmente em ciberroubo e espionagem cibernética. O Irã não. O Irã possui hoje pouca capacidade de ciberespionagem."

"Em vez disso, o que o Irã está construindo é uma capacidade cibernética que é retaliativa, e é desenvolvida principalmente em torno das percepções iranianas com relação ao desdobramento do conflito que está em curso entre o país e o Ocidente sobre a aquisição de uma capacidade nuclear".

Como resultado, explicou Berman, a situação com o Irã e a sua postura cibernética é "particularmente volátil", comparada com as relações entre os Estados Unidos e a Rússia e China. "Enquanto esses outros países buscam por um grau de normalidade diplomática com os Estados Unidos, o Irã não", disse Berman.

Fonte: UOL - IDG

Nenhum comentário:

Postar um comentário